O que a locomotiva a vapor e o elevador moderno têm em comum?
A resposta pode te surpreender. Cada uma foi uma invenção que estreou aproximadamente durante a Primeira Revolução Industrial e mudou drasticamente como e onde as cidades poderiam se desenvolver.
De acordo com o professor associado de história no Fashion Institute of Technology em Nova York e membro do conselho do Elevator Museum em Queens, Daniel Levinson Wilk, o elevador é responsável por moldar a vida moderna de maneiras que a maioria das pessoas simplesmente nem percebe. Para a maioria dos moradores da cidade, o elevador é uma máquina comum que não inspira nenhuma paixão ou interesse, porém, sem o elevador, não poderia haver arranha-céus no centro da cidade ou arranha-céus residenciais, e a vida na cidade como a conhecemos seria impossível. Nesse sentido, o papel do elevador na história não foi menos profundo ou transformador do que o do automóvel.
Não foi até a década de 1870, quando os elevadores apareceram nos prédios de escritórios, que a tecnologia realmente começou a deixar uma marca na cultura urbana. Proprietários de negócios frustrados pela falta de espaço disponível podiam olhar para cima e ver espaço para crescimento onde antes não havia nada além de ar – um empreendimento que foi particularmente bem-vindo em Nova York, onde uma crise imobiliária no distrito comercial de Manhattan, por um tempo, forçou os líderes da cidade a considerar uma mudança de todo o setor financeiro para o centro da cidade.
Esse plano passou a ser visto como desnecessário graças à iniciativa de Henry Hyde que percebeu que, instalando um par de elevadores em sua sede, poderia torná-lo o prédio mais alto da cidade. Ao fazê-lo, Hyde inaugurou uma nova era. Como disse um redator da Scribner’s Magazine quase 30 anos depois, o elevador de passageiros acabou sendo “um agente revolucionário” que fez pela construção moderna o que a máquina a vapor havia feito pelo transporte.
A indústria de movimentação de pessoas percorreu um longo caminho desde 1852, quando Elisha Graves Otis inventou o freio de segurança do elevador e inspirou uma solução para um problema universal – como transportar cargas com segurança de uma andar para o outro sem arriscar nenhuma vida ou destruir as cargas.
Embora a segurança e a confiabilidade continuem sendo fundamentais para o negócio de elevadores hoje, os passageiros do século 21 esperam mais do que os do século 19. O setor de elevadores está crescendo para atender a demanda dos clientes por recursos como maior conectividade e fluxo de tráfego aprimorado enquanto abre caminho para tendências futuras em mobilidade urbana.